sexta-feira, 17 de julho de 2015

Amorragia














Acordei de peito aberto
Banhada em sangue
Coração na mão
Amor partido



Meio morto meio vivo
Palavras angustiadas
Presas na mente
Não consegue libertar



Coração cansado de amar
Não sabe como amarelar
Um amor roxo a sufocar
Por tuas próprias mãos



Castigado serás por cativar
Alguém há de contemplar
Toda essa hemorragia
Externa e interna culpa tua



Cativeiro aprisionou
Minha alma encarcerada
Em você minha masmorra
Um amor um calabouço



E mesmo nesse medonho
Rodamoinho a me moer
Quando fecho os olhos
Encontro você e sorrio.



Rafaela Cartaxo



terça-feira, 14 de julho de 2015

Psicótico











Eu nunca senti na pele
Um amor tão dolorido assim
Machuca da pele aos ossos
Rasga tudo sem anestesia

A caixa torácica rompida
Por sua vez comprometida
De tantas batidas ansiosas
Por dentro taquicardia

Me dói a respiração
Me dói o coração
Me dói a alma
Me dói o ser

Abstinência de você
Droga humana és
Vício assassino e lento
Mata bem devagarinho

É tempestade em pleno sol
É vendaval de emoções
É loucura sã que insana
Todo o meu bom senso

Posso desistir de tu
Posso desistir da dor
Parece um tanto louco
Dizer que eu não quero

Mesmo assim eu repito
Seguidas vezes que te quero
Você misturou-se em mim
Circula nas veias junto ao sangue

E quando some dos meus olhos
Essa circulação é interrompida
Vasos obstruídos a alma necrosa
Que inquieta não dorme

Assistindo a morte
Que é a falta de você
É heroína é overdose
É minha vida minha morte

Se o amor é mesmo isso
Meu diagnóstico é claro
Me levem ao sanatório
Usem os velhos métodos

Quem sabe esse amor louco
Não resista a trato de choque
Antes vazia em paz do que
Cheia do teu amor terrorista.

Rafaela Cartaxo