da minha vida
o nascimento
Esquecer que
algum dia
com a ajuda
de um ninguém
com a ajuda
de um ninguém
Em teu
ventre seco
me geraste
Ausência do
cordão umbilical
Não me alimentaste
pois, para a vida
Já que das
tuas entranhas
partiam correntes
com esporas afiadas
Que me
sangraram a alma
eu o feto que
ainda se gerava
Sem saber
o por quê de
minha iminente
existência
Sem mãos
para me afagar
vim a este mundo
sem lar...
sem lar...
E vivo a
tristeza de por
falta de sentido
a palavra
NÃO tenho
uma MÃE
para AMAR.