terça-feira, 25 de junho de 2013

Ventre Cruel











Vou apagar
da minha vida 
o nascimento

Esquecer que 
algum dia
com a ajuda
de um ninguém

Em teu
ventre seco
me geraste

Ausência do 
cordão umbilical
Não me alimentaste
pois, para a vida

Já que das
tuas entranhas
partiam correntes
com esporas afiadas

Que me
sangraram a alma
eu o feto que
ainda se gerava

Sem saber
o por quê de
minha iminente
existência

Sem mãos
para me afagar
vim a este mundo
sem lar...

E vivo a
tristeza de por
falta de sentido
a palavra

NÃO tenho
uma MÃE
para AMAR.